Com musicas dançantes e muito agradavéis esse som se coloca entre os meus grandes preferidos.
é isso ae, é só conferir
espero que gostem...
Isso talvez nem seja propriamente uma questão técnica. A verdade é que, em todo esse elenco vascaíno – que hoje é muito qualificado e tem excelentes jogadores em determinadas posições – Carlos Alberto ainda é a alma, a vértebra, o sustentáculo. Já não se trata mais de termos apenas um jogador diferenciado. Como eu já disse, temos outros bons valores. O Vasco dispõe, agora, de coadjuvantes talentosos (Zé Roberto, Felipe, Éder Luís, Fágner, Dedé, Rafael Carioca, Jonathan, Fernand Prass)... mas ainda é Carlos Alberto quem dá porte e elegância, impõe respeito e acua o adversário quando veste a camisa do Vasco.
O curioso é que Felipe chegou como o craque feito em casa, como jogador extemporâneo, nostálgico, de uma era vitoriosa. É sabido que o talento do canhotinho é enorme e que sua origem no clube o credencia a uma posição de ídolo assegurada. Felipe que me desculpe, mas... nem ele é um Carlos Alberto! E isso não é uma comparação entre o talento dos jogadores nem a forma física: a verdade é que o Vasco é um com Carlos Alberto e outro sem ele. Os demais apenas desfalcam tecnicamente o time. Carlos Alberto é um desfalque anímico: a ausência dele deixa o Vasco sem alma!
Pode até parecer que eu estou falando de coisas subjetivas, transcedentais. Mas quem é bom em Matemática já deve ter contabilizado o que a minha percepção intuitiva aqui afirma. É ma pena que o Vasco tenha hoje um departamento médico “machucado”, estranhamente incapaz de recuperar seus jogadores. Não fosse isso, atrevo-me a dizer que, com inteiras condições físicas e jogando em sequencia e continuidade, Carlos Alberto nos teria trazido muito mais vitórias e até títulos do que aquele da Série B do ano passado. A gente não vê, no futebol atual, jogadores com a habilidade, a visão de jogo, a força física, a explosão e a desenvoltura do Carlos Alberto. O problema é que lhe falta continuidade. E, sem a sua constância, o Vasco peca, porque fica sem alma e sem talento. Ou, mesmo que tenha talento, fica sem alma!
A arrancada do Vasco após a Copa do Mundo não provém tão somente de sua mudança de técnico. A chegada dos reforços às posições mais carentes fez da equipe um grupo forte, conciso, sem medo de encarar adversários mais cotados. Os últimos resultados, no entanto, têm ficado abaixo das expectativas do grupo. E começa a correr uma tese paralela – a meu ver um tanto quanto sem sentido – de que o treinador prefere “se proteger do jogo” para “sustentar a invencibilidade”, mesmo que com isso o Vasco fique estagnado na competição.
Acho essa hipótese um tanto quanto infantil. Ora, qual é o treinador que vai abrir mão de uma classificação para a Libertadores, de uma boa colocação na tabela do campeonato ou até mesmo da conquista de um título em prol de uma excentricidade como essa de “estar invicto”? Não é possível que PC Gusmão tenha esse raciocínio pífio. Se isso fosse verdade, a própria covardia de se proteger acabaria redundando em derrotas (que não vieram) e a invencibilidade teria caído há muito tempo.
Acho, portanto, essa tese de uma “covardia pró-invencibilidade” falha. Como também não acredito nesse discurso bobo de que “é melhor acabar essa invencibilidade porque ela acaba virando um peso”. Ora, nenhum time entra em campo senão para vencer e não perder. Em tese, todos eles defendem a “invencibilidde” a cada partida. E ela não é mais pesada nem mais difícil para os que estão há mais tempo sem perder. Pelo contrário: ela é motivo de convicção, de competência.
O que, a meu ver, explica a queda de produção do Vasco, é a oscilação natural esperada de um campeonato longo e cheio de desafios e gangorras. Os times se cansam, os melhores jogadores se machucam. Em alguns casos, eles dão chance a outros que, de repente, florescem e passam a mudar os rumos do campeonato. Mas, na maioria das vezes, esses desfalques acabam baixando o nível de produção das equipes. O próprio Fluminense está começando a decair, apesar das loas que lhe haviam cantado até então.
No caso do Vasco, a presença de Carlos Alberto – volto a dizer – é mesmo fundamental. E é fundamental não somente pelo futebol que ele joga, mas porque ele acaba exercendo essa liderança natural de quem respirou os piores ares do Vasco nas últimas temporadas como comandante-mor, com personalidade. É fundamental porque ele acaba mostrando aos novos – e até mesmo ao Felipe, que é prata da casa – os caminhos para a vitória e para o renascimento. É dele e de seu fôlego que nascem o fôlego e o ânimo dos demais jogadores do elenco vascaíno.
Precisamos torcer para que CA19 volte logo aos campos e tenha participação ostensiva nas partidas do Vasco daqui pra diante. Não tenho dúvidas de que, fazendo uma boa sequencia de jogos, o Vasco sustenta essa invencibilidade e consequentemente aparece dentre os primeiros da tabela.
PALPITE