segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Realizar o prejuízo (por Vitor Roma)

Nesta hora todo torcedor quer ler muita novidade, muita especulação, SONHAR. É normal. Estamos todos os vascaínos muito aborrecidos. Apesar da política dominar toda discussão do Vasco hoje em dia, pelo menos nesta primeira parte da coluna eu vou esquecer que ela existe. Depois eu volto a ela.

Por enquanto temos o time, que não pontuou, que está vivendo a maior crise desta gestão e em muitos anos.

Na minha vida profissional eu tenho uma frase que uso muito nos projetos de minha empresa: se temos prejuízo, vamos realizá-lo logo e seguirmos em frente. Por vezes cometemos erros incrementais pelo auto-engano, a sensação de que podemos corrigir algo que já está mal, que precisa mudar. Aí invariavelmente o prejuízo aumenta, quando insistimos em algo que já está dando água.

O Vasco se planejou para este ano em cima de uma base formada por Prass, Dedé, Ramon, Ze Roberto, Felipe, CA19 e Eder Luis. Eram sete jogadores de primeiro nível e portanto a tarefa de fechar o time estava facilitada.

Em função disso imaginava-se que manter PC, que já conhecia a base, era a decisão acertada. Mostrou-se que não foi. Esta confusão que foi criada tem relação não só com a incapacidade de treinar o time do nosso ex-treinador, mas também com sua incapacidade de ser líder.

Não posso afirmar que houve motim do clube, mas posso afirmar que houve nesta semana uma decisão enérgica, acertada e que, se for mantida e levada de forma séria, poderá em breve nos trazer bons frutos. Claro, neste momento nós estamos no fundo do poço, mas neste poço tem mola. Acreditem.

Então decidimos realizar o prejuízo, trocando o treinador e nos desfazendo de três dos sete citados acima. Logo os três armadores do time, os três mais habilidosos e teoricamente mais reconhecidos em suas carreiras. Sem Felipe, Carlos Alberto e Zé Roberto precisamos remontar a base.

O prejuízo está aí, não tem jeito, mas quando ele existe é bom realizá-lo o mais rápido possível. Ainda há tempo de acertar, com muito trabalho e seriedade, mas tem começar já.

O clássico

Fizemos um primeiro tempo morno, onde entramos assustados e querendo empatar. O time já ficou melhor armado no losango que Gaúcho montou, abandonando aquele quadrado horroroso.

O que mais irritou a todos foi a inoperância de Ramon, Fagner e Éder Luis. Justamente três dos que tem que nos ajudar agora neste momento difícil. Aliás, o banho que Leo Moura deu em Ramon hoje entra para a história como um dos maiores que já vi no futebol. Foi um massacre.

Tomamos um gol idiota e outro mais ainda, que assustou os vascaínos que temiam pelo pior.

No segundo tempo, sob a batuta do ótimo Eduardo Costa (uma grande contratação), empurramos os caras e chegamos perto de empatar. Mas depois da limpeza geral tínhamos até problemas de reposição. O time ao menos lutou, mas é MUITO pouco ainda.

No final ficou a sensação de que se tivéssemos jogado assim com certeza não estávamos com zero pontos. Agora é olhar para frente e ganhar quinta. De preferência já com o novo treinador e algum reforço anunciado, a fim de mostrar para a triste torcida que o futuro pode ser melhor.

Tem que ser melhor.

Próximos passos

Na hora da festa é mole abraçar e dizer que é amigo, na hora ruim é que é brabo.

Reitero publicamente meu apoio irrestrito ao trabalho do Rodrigo Caetano no Vasco. A gente vai sair dessa com o trabalho sério , dedicado e profissional do Rodrigo comandando a reação.

E não é porque sou amigo que deixei de criticar a manutenção do PC no comando após a péssima campanha que ele fez no returno do brasileiro.

Dito isso, o Vasco hoje conversa com quatro treinadores após a negativa de Carlos Queiroz. Não houve proposta de 400mil pelo Dunga e nem algo semelhante.

Espera-se que até o jogo de quinta feira já tenhamos o novo treinador analisando os possíveis novos reforços que virão para suprir as saídas de Felipe, Carlos Alberto e Zé Roberto.

E como disse o companheiro Marcio Santos na coluna dele, o clube espera anunciar um número 10 que faça a diferença e que mexa com o futebol carioca.

A representação do Vasco

Se há algo nesta gestão que me irrita é a forma como o Vasco é representado publicamente em determinadas situações.

O Presidente da FERJ vociferou contra o Vasco e NINGUÉM respondeu ao infeliz. Ninguém. Esta FERJ que todos sabem ser contra o Vasco e mesmo assim não rompemos com ela (deveríamos ter rompido em 2009, no caso Jeferson).

O juiz do jogo de hoje aparece nos jornais com uma camisa dos avepretenses e ninguém, ninguém fala nada! Este cara (que deu aquele pênalti maroto em cima do Fabio Luciano, e que resultou no chororô do Botafogo, lembram?) nunca poderia apitar um jogo do Vasco. Nunca.

O Vasco precisa se fazer representar na FERJ com mais pulso, mais firmeza. Isso é imperativo.

E vou dar meu voto, voto aliás em alguém que nem conheço pessoalmente, diga-se de passagem. Para mim o Conselheiro da situação Roberto Monteiro deveria ser nosso representante da FERJ.

Por tudo que já me falaram (bem) dele, ele é o mais indicado.

Protesto

Qualquer protesto sério contra o momento do Vasco é válido e legítimo. Faz parte da democracia que agora temos no Vasco , onde qualquer ex-picapau de auditoria pode analisar orçamento e qualquer vendedor de coxinha de galinha pode discursar.

Viva a democracia!

E protesto é sempre popular, sempre bem visto, quando quem o convoca tem credibilidade frente ao conjunto de possíveis protestantes.

Ou seja, qualquer protesto no Vasco hoje em dia se convocado por pessoas que tenham credibilidade junto à torcida e aos sócios, com o time nesta situação lamentável em que se encontra, contaria com pelo menos 1000 protestantes, certo?

Ou não?

Em tempo

- Claro, Carlos Leite manda no futebol do Vasco... Deve ser por isso que seu principal jogador no elenco foi afastado pelo Presidente. Aliás, ele também manda na base... Deve ser por isso que o time de juniores do Vasco que enfrentou os avepretenses no sábado tinha apenas UM jogador representado por ele. Cascata tem perna curta...

- PC Gusmão saiu e indicou o advogado que o representaria, caso necessário, numa discussão de rescisão: Paulo Reis, antigo VP Jurídico da gestão anterior. Espera-se que não seja necessário: PC como grande vascaíno e ciente que também ficou devendo, vai deixar o Vasco numa boa, sem brigas e recebendo o que o contrato prevê.

- "Querem títulos? Votem na oposição!", disse nosso ex-presidente na semana passada, logo ele que durante os oito anos em que foi Presidente ganhou UM estadual. Mas eu não entendi QUAL oposição. O Horta não disse que não é o seu candidato, ex-presidente? Fiquei confuso, Horta é ou não é seu candidato? Ou então é para votar no Calçada, que foi o Presidente que mais ganhou títulos? Mas o Calçada não é candidato...

- Sábado nosso bom time de juniores deixou escapar uma vitória em cima dos avepretenses num pênalti bobo aos 45 minutos do segundo tempo. Mas é preciso destacar: o meio campo do Vasco - Elivélton, Artur, Luciano e Marlone - pode subir TODO para o profissional. Este Luciano é, ao lado do zagueiro Luan, uma jóia rara que nos dará muitas alegrias. Podem anotar.

Vitor Roma (@vm_roma // @meucaldeirao)
vitor.roma@gmail.com

Acompanhe minhas colunas:
Terça feira : Blog Meu Caldeirão e Bola pra quem sabe (www.bolapraquemsabe.com.br)
Quinta e sexta feira: Blog Meu Caldeirão (www.oglobo.com/blogs/vasco)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

20 de Janeiro, dia do Farmacêutico


Infelizmente mais um ano se passa e a profissão ainda não tem o respeito que mereçe, alheio as comemorações que se restringe aos conselhos de classe e aos sindicatos que finjem que nos representam.

Mas vai aqui o meu grande abraço aos colegas de profissão que desempenham um papel fundamental no âmbito do conhecimento brasileiro e na manutenção da saúde do país.

Parabéns Farmacêuticos hoje é seu dia