quinta-feira, 28 de março de 2013

Saudade que aperta no peito

Há 1 ano, Edmundo saia oficialmente do cenário do futebol brasileiro, as palavras não são o suficiente para descrever o tamanho das obras que Edmundo construiu com a camisa do Vasco da Gama. Fica aqui o meu agradecimento por tantas alegrias dadas a uma imensa torcisa no mundo inteiro. Más não poderia de descrever o momento mais marcante da minha vida como torcedor "in loco", o ano era 1997, ano no qual o CRVG iria se consagrar Tri campeão Brasileiro, sob a batuta de "Edshow". Saudades do meu Vasco, do nosso Edmundo.  Aaaahhhh! é Edmuuuunndôôô!
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=b7hsD8tjj8Q

Mágica o Paulo não faz!


Se Paulo Autuori gosta mesmo de desafios, o Vasco é o lugar certo.
Na estreia do treinador diante do Olaria manteve a média, jogou mal, criou poucas chances de gol e não evoluiu rigorosamente em nada.
0 a 0 com a cara do Vasco.
São erros de passes sucessivos e uma insegurança que atinge os mais experientes como Eder Luis que perdeu um gol feito no segundo tempo.
Ney não é sombra do lateral agressivo dos tempos de Internacional.
O desempenho de Dakson e Tenório foi pífio. Inacreditável.
Paulo Autuori terá muito trabalho, mas não é mágico.
A qualidade técnica do atual elenco não ajuda. Milagre o Paulo não faz, e a eliminação precoce do estadual está cada vez mais perto.
Mas existem aqueles que preferem olhar pelo lado positivo da coisa. Com o empate o time deixou a lanterna do grupo e agora é o penúltimo colocado com 1 ponto em 3 jogos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Primeiro álbum dos Beatles, 'Please Please Me' foi lançado há 50 anos e consolidou o rock


No dia 22 de março de 1963, chegava às lojas de discos da Inglaterra "Please Please Me", o primeiro álbum dos Beatles. Para muitos, o mais importante da história.
É notório que o auge da banda foi com "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" (1967), álbum que encabeça quase todas as listas de melhores discos do rock.
Please Please Me" soa hoje ingênuo, coleção de canções sobre encontros e desencontros de namorados, longe da sofisticação musical de "Sgt. Pepper's". Mas a estreia dos Beatles em LP garantiu a sobrevivência do rock.
Depois que o gênero foi criado na década anterior por Elvis Presley, Bill Haley, Carl Perkins, Little Richard e outros pioneiros, uma enxurrada de novos "ritmos jovens" inundou o mercado fonográfico anglo-americano.
O rock correu o risco de definhar entre modas musicais como o twist e o calipso.
O sucesso de massa dos Beatles cruzou o Atlântico para disseminar entre os garotos a vontade de formar uma banda, numa dimensão que consolidou o rock até hoje.
Para um álbum que gerou tanto barulho e ainda está à venda 50 anos depois, até que "Please Please Me" foi gravado sem grande investimento.

BEATLEMANIA
Depois do lançamento do primeiro single da banda, "Love Me Do", em outubro do ano anterior, os Beatles começaram a excursionar sem parar pelo Reino Unido.
Era o início do fenômeno que o mundo chamaria nos anos seguintes de "Beatlemania" --no Brasil virou "iê-iê-iê", pelo som do refrão "yeah, yeah, yeah" em "She Loves You", que os Beatles lançariam em agosto de 1963.
Tanto sucesso nos shows fez o produtor George Martin idealizar a gravação do álbum como uma simples repetição das canções para prensar em vinil. Assim, alugou por duas sessões de três horas o estúdio da gravadora EMI, que depois ficaria famoso pelo nome de seu endereço, Abbey Road.
A ideia era gravar mais algumas faixas para juntar com as quatro lançadas em dois singles: "Love Me Do"/"P.S. I Love You" (outubro de 1962) e "Please Please Me"/"Ask Me Why" (janeiro de 1963).
Às 10h, Martin e os quatro Beatles começaram a gravar. As duas sessões agendadas não foram suficientes. O produtor conseguiu mais uma, no mesmo dia. O tempo total no estúdio foi de 9 horas e 45 minutos, para dez faixas.
Um dos maiores hits do disco --e do grupo-- também é o que tem a história mais curiosa. "Twist and Shout" exigia muito de John Lennon, com vocal forte, aos berros. E ele estava muito gripado no dia das gravações.
Martin resolveu deixá-la para ser gravada por último. E a voz de John resistiu a apenas uma tentativa, que é o vocal eternizado no vinil.

POR CONTA PRÓPRIA
Com oito canções escritas por Lennon e McCartney, "Please Please Me" esboçou um padrão 
que os Beatles buscariam sempre: compor e tocar todo o repertório.
A parada britânica na época era dominada por música romântica, e o álbum levou dois meses para chegar ao topo dos discos mais vendidos.
Permaneceu lá por 30 semanas consecutivas e só perdeu a primeira posição para... "With the Beatles", o segundo álbum do grupo.
O resto é história. A história da música pop.

Mais Paul no Brasil. Ótimo!


Paul McCartney anunciou a sua nova turnê mundial, chamada de "Out There".

Será a terceira nova turnê de Paul McCartney nos últimos três anos e já tem a sua primeira data confirmada para o dia 22 de Junho, em Varsóvia, Polônia.
A turnê que além de Paul, conta com "a melhor banda do mundo" segundo o próprio Macca - que tem como membros Brian Ray, Rusty Anderson, Paul Wix e Abe Laboriel Jr. - promete viajar à locais que nunca estiveram antes. Segundo a coluna Olá, do jornal Agora São Paulo, Paul McCartney vai abrir sua turnê mundial em Belo Horizonte. O show será no dia 3 de maio, no estádio do Mineirão, confirmou o secretário da Copa em Minas Gerais. Novos anúncios e datas serão adicionados nas próximas semanas, portanto, fiquem de olho no site oficial www.PaulMcCartney.com para atualizações e detalhes sobre ingressos. 

Charlie Brown Jr - Adeus Chorão

Vamos lá eu nunca fui um fã incondicional do CB Jr, mais um grande amigo meu é e por causa dele essa banda acabou fazendo parte da minha vida gostando ou não isso é um fato. Pra ser honesto eu gosto mesmo é do segundo álbum deles, que pra mim foi o melhor disparado. Fica ai a minha singela homenagem aos que curtem muito o CB Jr e claro aos familiares e amigos pessoais que perderam um amigo, irmão, pai e parceiro.

A Esclerose múltipla e a vitamina D em 5 questões

O que é a vitamina D?
A vitamina D é uma substância sintetizada na pele, sob acção dos raios ultravioletas do sol, a partir do colesterol. Alguma, pouca, vitamina D provém também da alimentação, sobretudo de alimentos enriquecidos (cereais de pequeno almoço, margarina) e dos peixes gordos (salmão, sardinha). Para exercer a sua acção, a vitamina D precisa ainda ser transformada no fígado e no rim para originar 1,25(OH)2D3 (vitamina D activa). A função melhor conhecida da vitamina D activa é a absorção de cálcio do intestino. No entanto a vitamina D tem também outras acções, incluindo a regulação das células imunes, sendo este o motivo que a torna interessante no âmbito da esclerose múltipla.

 Quais a necessidades diárias de vitamina D?
A vitamina D, ao contrário de todas as outras vitaminas, é produzida em grandes quantidades pelo nosso organismo. Calcula-se que, em pessoas de pele clara, meia hora diária de exposição da cara e braços ao sol, sem protecção, seja suficiente para cobrir as necessidades. No entanto, alguns de nós poderão não atingir estes mínimos, seja por vivermos em países com menos horas de sol, pela utilização mais frequente de protectores e filtros solares, pela vida mais no interior dos edifícios, pela cor da pele ou pela idade. Nesse caso, a alimentação também não é suficiente, pois a quantidade de vitamina D presente nos alimentos é escassa (ver acima). Assim, pode ser necessária uma suplementação adicional com vitamina D. No entanto, as recomendações da Organização Mundial de Saúde quanto às necessidades diárias de vitamina D (estimadas em 15ug = 600UI) e o valor que deve ser ingerido diariamente (5 a 10ug = 200 a 400UI, conforme a idade) foram calculadas com base na acção da vitamina D no osso, descurando por completo as suas acções noutros órgãos. Deste modo, é possível que sejam necessárias doses maiores para um funcionamento adequado do sistema imunitário, por exemplo.  

Como posso saber se tenho vitamina D suficiente?
É possível medir a vitamina D no sangue, mas tal como para as necessidades diárias, os valores mínimos apenas foram estabelecidos tendo em conta a saúde dos ossos, pelo que a interpretação dos resultados pode ser difícil. Embora o testes variem de laboratório para laboratório, é consensual que valores inferiores a 25 nmol/L (10ng/ml) prejudicam a deposição de cálcio nos ossos e levam ao raquitismo e osteomalácia, sendo portanto este valor considerado o limite da deficiência em vitamina D. No entanto, a prevenção da osteoporose e da saúde óssea parece necessitar de níveis de vitamina D superiores a 50nmol/L, considerado o limiar da insuficiência em vitamina D, havendo mesmo evidência da necessidade de se manterem valores superiores a 75nmol/L (30ng/ml). De notar que, embora menos estudados, níveis nesta ordem de grandeza poderão também ser importantes para algumas das outras funções da vitamina D, incluindo a esclerose múltipla (ver a seguir). Outro modo de saber se há vitamina D suficiente é medir os níveis de paratormona (PTH). A PTH é uma hormona produzida pelas glândulas paratiróides (ao lado da tiróide, no pescoço), cuja função é manter os níveis adequados de cálcio no sangue. Se não houver vitamina D suficiente para absorver cálcio do intestino, a paratormona aumenta para compensar, promovendo a reabsorção de cálcio do osso e no rim.  

Qual a relação entre vitamina D e esclerose múltipla?
A vitamina D é capaz de regular o funcionamento das células imunitárias, que expressam o seu receptor, e, em modelos animais de esclerose múltipla, o tratamento com vitamina D foi capaz de melhorar o curso da doença. Além disso, níveis mais elevados de vitamina D diminuem o risco de sofrer de esclerose múltipla, enquanto alterações genéticas na enzima que converte a vitamina D na sua forma activa aumentam aquele risco. Nesta linha, seria razoável supor que níveis elevados de vitamina D poderiam afectar o curso inicial da doença, o que tem sido difícil de demonstrar. Na realidade, a mais recente evidência, ainda com alguns resultados contraditórios, mostra apenas que níveis maiores de vitamina D parecem estar associados a menos lesões novas na ressonância ou a menor risco de surtos, mas comparando níveis adequados de vitamina D com níveis insuficientes. Em resumo, os dados mais recentes sugerem que, além de fazer bem ao osso, níveis “normais” de vitamina D (>75nmol/L – 30ng/ml) parecem fazer bem à esclerose múltipla e devem ser atingidos em todos os pacientes. Contudo, não se sabe se níveis “ muito altos de vitamina D (>125nmol/L – 50ng/ml) trazem um benefício acrescido, havendo até um estudo que sugere o contrário, pelo que o seu uso deve ser cauteloso.  

Devo tomar vitamina D?
Tal como acabamos de ver, depende. Se os seus níveis de vitamina D forem inferiores ao considerado necessário (>75nmol/L – 30ng/ml) é razoável que tome um suplemento adequado para os trazer para valores “normais”. No entanto, até ao presente, e exceptuando informações pouco rigorosas e relatos de disponíveis na Internet, não há evidência científica de que a suplementação com vitamina D em pessoas com níveis adequados (>75 a 100nmol/L – 30 a 40ng/ml) seja benéfica para a doença. Tal como todos os medicamentos, a toma de vitamina D em excesso pode ser extremamente prejudicial para o doente, sobretudo pelo aumento dos níveis de cálcio no sangue, que podem causar litíase (“pedra”) nas vias urinárias, danificando os rins, ou interferir com a função muscular e a condução nervosa. Tendo em conta estes dados, recomendamos sempre que discuta com o seu médico assistente antes de começar a tomar qualquer suplemento, incluindo os que contêm vitamina D.

Texto publicado na revista da associação "Todos com a esclerose mútlipla" Dezembro de 2012.

Capacidade de amar


Por Ivan Martins (Revista Época)

Se isso valesse nota, você receberia zero, cinco ou 10?


Esta semana eu deparei com um assunto que muita gente adora, as vidas passadas. É o tema do livro do meu amigo Walcyr Carrasco, conhecido autor de novelas e um dos colunistas aqui da Época. O novo romance dele, Juntos para Sempre, tem como personagem central um advogado que começa a tropeçar em memórias de outra existência. Depois de um sonho muitas vezes repetido, ele procura um terapeuta, faz uma regressão de cinco séculos e inicia uma aventura que irá levá-lo à Espanha da Inquisição, ao encontro de um grande amor. Abri o livro na cama, na noite de domingo, e não consegui parar até a página 207, quando ele termina. Continuo sem acreditar em vidas passadas, mas me diverti um bocado.  
Um aspecto menos divertido do livro do Walcyr, porém, continuou comigo depois da leitura: seu personagem principal é incapaz de amar. É um homem de quase 40 anos que gosta da companhia das mulheres, acha-as atraentes, mas nunca encontrou o sentimento profundo que justifique um compromisso. O livro explica a situação e a resolve nos seus próprios termos, mas o assunto ficou me incomodando. Há milhões de pessoas no mundo real que vivem assim, incapazes de gostar profundamente. Eu já deparei com elas, você também. Há um número ainda maior de pessoas com uma capacidade de amar muito pequena. Se formos honestos, aliás, teremos de olhar para nós mesmos, e para a nossa surrada biografia, e perguntar até que ponto somos capazes desse nobre sentimento. Eu temo que a resposta não seja agradável.
Minha impressão é que cada um de nós tem uma certa capacidade de amar. A de alguns será enorme, a de outros, mirradinha. Se isso parece estranho, compare com outros sentimentos. Medo, por exemplo. Todo mundo sabe que há pessoas mais medrosas e pessoas menos medrosas no mundo. Ou rancor. Há gente capaz de guardá-lo pela vida inteira, enquanto em outras ele desaparece em poucos dias. O mesmo vale para quase tudo. Alegria, generosidade, empatia. Cada um de nós parece dotado de diferentes quantidades de cada sentimento. A proporção e a combinação deles determinam a nossa personalidade, e a maneira como viveremos a nossa vida. 
Se, na vida real, você acha que é 10, mas a sua biografia sentimental não sugere mais do que quatro, pode ser que a pessoa certa ainda não tenha aparecido – mas isso pode ser apenas uma ilusão. É difícil imaginar que alguém que nunca foi capaz de se entregar ou de criar um vínculo duradouro vai conseguir fazê-lo, de uma hora para outra, porque apareceu a pessoa que tem a chave para os sentimentos dela. Soa como pensamento mágico. O amor não é diferente. Na escala da capacidade de amar, cada um de nós merece uma nota, que varia de 0 a 10. Claro, gostamos todos de pensar que somos 10, mas os fatos muitas vezes não autorizam essa presunção. Quantas vezes você já amou de maneira intensa, duradoura e – atenção – realista? Não vale paixão platônica, não vale amor unilateral, paixonite de carnaval não conta. A gente só descobre quanto é capaz de gostar quando o outro também gosta da gente e quando as duas vidas de alguma forma se misturam. Antes disso o jogo ainda nem começou. 
Na vida real, as pessoas com grande capacidade de amar exercem esse dom ao longo da vida. Elas amam diferentes pessoas, por diferentes razões, em diferentes momentos. Ou amam a mesma pessoa desde sempre, o tempo todo. A capacidade de gostar está nelas, não vem do outro. Elas amam amar, por assim dizer. O potencial para se vincular é delas – como é delas a alegria, a coragem, a sensualidade. 
A gente pode imaginar que a capacidade de amar nasce pronta com cada um de nós, mas eu prefiro pensar que a vida é quem molda os nossos sentimentos. As relações em casa e no mundo influenciam, desde muito cedo, a nossa capacidade de sentir. Sentir medo, sentir amor, sentir tristeza e alegria. Uma experiência ruim ali, uma decepção acolá, a gente nem percebe e vai se fechando feito uma ostra, desde pequeno. Quando cresce é que nota o que está fazendo falta, como a capacidade de amar ou de ser feliz – que me parecem ser a mesmíssima coisa.
Há duas maneiras de lidar com isso, eu acho. Uma é fatalista. A gente é o que é, ou é o que foi feito de nós, e não há mudança possível. Vivemos com isso e ponto. A outra, otimista, ou iluminista, sugere que saber é poder. Se você percebe que tem dificuldade em gostar das pessoas, se na escala do amor você não passa de cinco, tende mudar. Não é fácil, mas é possível. O tempo e o conhecimento melhoram a gente. Ao contrário das vidas passadas, a vida presente é mutável, melhorável e solucionável. Adorável também, de várias maneiras. De qualquer forma, tenho certeza que é a única, sem direito a segunda chance. É nosso direito, portanto, nosso dever na verdade, vivê-la da melhor forma possível – para nós e para os outros